domingo, 5 de fevereiro de 2012


Então abraça-me, e abraça forte, sufoca-me, arranca de mim todas essas coisas que vêm assolando minha alma, arranca de mim toda essa dor que me maltrata, faz dos teus braços a minha morada, trás paz que me acalma, torna-me vulnerável ao toque dos teus braços, encobre-me, faz como se fosse a nossa moradia, só eu e você, um momento em que teu coração está mais perto de mim que de costume, um momento em que eu posso debruçar-me em ti, cair em lágrimas sem ter que preocupar-me com o que está ao meu redor. Quero sentir-me em proteção, sentir a sensação de que nada pode me atingir (…) — é que eu sou tão frágil —, sou frágil a ti também, mas é diferente, sinto apenas que não preciso ter forças pra manter-me de pé, sei que tu podes levantar-me e deixar-me em teu colo, pois sinto que não preciso disfarçar meus sentimentos nem dizer que estou bem pra agradar, tu vais entender, tu vais me ouvir, mesmo que não diga nenhuma palavra, vai entender-me como nenhum outro; só peço-te que não se afaste, continue mantendo teus braços ao meu redor, carrega-me contigo, eu e as minhas mazelas, carrega contigo eu e meus medos, carrega contigo eu e o meu amor, apenas carrega-me, ou leva-me pra longe de tudo, pra um lugar onde ninguém venha atingir-me, um lugar onde não haverá nada mais além do teu carinho, do teu amor, da tua compreensão, nada mais além de nós dois… Mas esse lugar é fácil de saber, só não é fácil de encontrar: Esse lugar são os teus braços junto com teu abraço.


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